Seções

17 junho, 2012

Pensamentos Urbanos



Eu olho para a cidade com olhos de quem vê algo estranho pela primeira vez. Não sei o que pensar. Há momentos em que vejo sujeira e solidão. Um enorme cadáver decorado por vaga-lumes. Também vejo vida, não bela e gentil, mas ébria. Desvairada.

A cidade é sempre uma puta. Um refúgio melancólico da espécie humana. Enormes brinquedos de metal e pedras, adornados com a ilusão do conforto. Ela tapa o medo do escuro, do frio, da terra onde éramos comida sobre duas pernas. Nossa tentativa pífia de destaque e santuário.

Mas não há opção que não ela. E não há nada além dela que não seja o intervalo entre outra de suas iguais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O Astronauta das Marés agradece profundamente pelos comentários de seus leitores. Cada interação do público com o blog me motiva, ainda mais, a postar novidades e escrever textos de qualidade. Obrigado pela força galera.

Ah, e comentários que iniciem discussões serão levados adiante, caso o assunto seja de relevância.