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22 junho, 2011

O misterioso gato que late

E você ainda precisando de provas concretas contra as intenções malévolas da raça felina.

Segundo idioma é tudo hoje em dia!

21 junho, 2011

Quem você pensa que é?

Vídeo fantástico do educador e palestrante Mário Sérgio Cortella, sobre a grandeza do universo e a pequeneza do ser humano. Vale a pena conferir, é bem engraçado e instrutivo.


Tu és o "vice-treco do subtroço".

20 junho, 2011

Liber Anathema - O Livro das Maldições III

Mais um trecho do Livro das Maldições. Este é o terceiro trecho do total de oito que copiei do livro da biblioteca. Infelizmente não tenho mais outros trechos e acho que dificilmente encontrarei o livro novamente. Quem quiser mais informações dê uma olhada aqui.


"No dia do clamor derradeiro, vozes sem som violarão o silêncio,
como o uníssono do desespero dos condenados. Será ouvido o sussurrar dos hereges."

"E dirão aos homens que não olhem para os céus em busca de alento.
E dirão às mulheres que seus ventres estarão sujos com a degeneração da raça.
E dirão aos justos que não haverão mais julgamentos, e aos tolos de que estes estão certos.
E dirão impropérios, e blasfêmias, e inverdades, e heresias."

"E na primordial língua de Adão ousarão pronunciar o nome do altíssimo.
E louvarão o Demiurgo. E esquecerão os nomes de seus pais.
E a harmonia será dissonante. O coral de anjos soará como uma cacofonia.
E o som da criação será o mesmo som do fim."

Liber Anathema, Códice de Damasco, Séc XI

Obs: A ilustração usada no post não é do Liber Anathema, mas sim do Aurora Consurgens, outro livro tão bizarro e misterioso quanto o Livro das Maldições (embora muito mais famoso).


17 junho, 2011

Zelda jogando Zelda

Robin Willians e sua filha, Zelda Willians, fizeram um vídeo promocional para o remake de The Legend of Zelda: Ocarina of Time para o Nintendo 3DS. E confirmando a lenda: sim, o nome dela é Zelda por causa do jogo mesmo... Paizão nerd é triste!


E não é que ela é gatinha? =}

12 junho, 2011

Astronauta das Marés em Celular

Salve pessoal, tudo tranquilo?

Bom, uma notícia rápida para os leitores do Astronauta: agora é possível visualizar e acompanhar o blog pelo celular ou iTouch de uma forma muito mais fácil. O Blogger ofereceu recentemente uma nova ferramenta para a leitura de blogs, e sites que usem a linguagem xml, que facilita seu carregamento em aplicativos portáteis.

Portanto, agora ficou muito mais fácil acessar o blog de qualquer lugar que você esteja.

Não que alguém acesse...

Propaganda Satânica

Uma das propagandas mais criativas que vi nos últimos anos.


Até o padre ficou com medo!

10 junho, 2011

Eternidade



Com o passar dos anos, com o envelhecer e o tempo, as experiências e as dores, as alegrias compartilhadas e os sorrisos espontâneos, aprendemos aos poucos a sermos pessoas melhores. A rir mais de nós mesmos e a amar nossos pequenos erros.

Aprendemos a saber a hora de parar e a de ir adiante. A hora de dizer "adeus" e a de dizer "eu te amo". A dar valor aos pequenos esforços e prazeres que constroem a felicidade de todos os dias.

Descobrimos que não há distância maior do que aquela existente na saudade, e que a perda é a lição mais dura que a vida tem a ensinar. Descobrimos que as canções mudam de tom de acordo com quem temos ao nosso lado, e que as cores são mais vivas se nossos olhos estiverem puros. Que o gosto do cotidiano é o que tempera o sabor inesperado das novas experiências. E que os aromas do mundo são mais suaves quando os vícios são deixados em segundo plano.

Com o tempo conhecemos as razões de nossas falhas e os motivos de nossos medos, e abraçamos as dores que nos ensinam a ser mais fortes. Perdoamos as limitações alheias, ao nos darmos conta de que a ofensa é apenas uma expressão equivocada da carência. Aprendemos a ver amor além da simples ilusão de ódio e indiferença.

Com o passar dos anos, ficamos tolerantes aos espinhos e às pedras, pois cria-se a certeza de que toda beleza e recompensa é adornada por desafios. O sofrimento torna-se pequeno mediante a paz da conquista. Lamentos viram hinos de superação, lágrimas viram troféus. Os anos curam as doenças do corpo e da alma.

Com o esvair da vida e o andar das eras, viramos pó e energia. Matéria-prima para novas estrelas e homens. História.

Como toda história, seremos contados e cantados, até o esquecimento. Ecoados por muito, muito além da própria eternidade.

- MBBF, 09/06/2011

08 junho, 2011

Bundhamidão no RPGCON 2011


Salve visitantes do Astronauta. Tudo na paz?

Bom, aqui vai uma notícia nerd bem bacana para aqueles que jogam RPG e que vem acompanhado minha tortuosa saga para o lançamento do meu livro de humor, O Reino de Bundhamidão: a Editora Retropunk irá lançar uma versão de teste gratuita do material, para ser utilizado por jogadores e mestres, durante o RPG CON 2011.

Para quem não conhece o evento, ele atualmente é o maior e mais prestigiado evento de RPG do Brasil, e conta com a participação de grandes nomes do hobbie nacional, bem como de convidados internacionais e diversas lojas especializadas.

No evento haverão mesas de diversos sistemas já conhecidos pelo público rpgista, como algumas novidades no mercado, como os já renomados Rastro de Cthullu e 3:16, da própria Retropunk. Dentre as novidades teremos a presença do ótimo Terra Devastada, que vem fazendo uma boa barulheira dentre os fãs do gênero zumbi; e claro, Bundhamidão, que terá sua estréia no evento.

Os interessados em participar do RPGCON e que queiram fazer parte das mesas de teste do meu livro, podem se inscrever pelo site da Retropunk. E eventuais dúvidas sobre o material podem ser tiradas através de meu contato pessoal.

Um grande abraço e bons jogos à todos.

07 junho, 2011

Despertar





Sob a nuvem negra em turbilhão, iluminada por escassos relâmpagos dourados e turquesas, Nínere viu o Miriate. Da neblina tênue e dançante da oniração, o deus primevo apareceu, como que saído de um sono imerso em vapor e memórias.

Seus pés, largos como as fundações de um castelo, enraizavam-se no solo seco ao avançar de cada passo. Para em seguida, com seu andar incessante, romperem os emaranhados de estacas vivas que brotavam de seu pisar. Milhares de criaturas, magras e pálidas, morriam e berravam ao serem esmagadas, logo após nascerem do contato da divindade com o chão infértil. Seus ciclos de vida se completavam nos segundos entre cada retumbar do colosso.

Sobre os pés, imensos nós de cordas desfiadas enrolavam-se nos tornozelos da criatura e amalgamavam-se em sua carne. As pernas, emaranhadas como as hifas de um enorme fungo, retorciam-se até uma bacia de madeira apodrecida e coral. Sobre esta havia um enorme corpanzil, largo como um braço do mar, que lembrava o casco recurvado de um navio. Seu corpo parecia uma enorme embarcação em pé, formada por grossas chapas de metal rebitado e coberto por ferrugem, recoberto por partes igualmente vastas de carne flácida e pulsante. Um vestígio oceânico irreconhecível.

Das costas da criatura nascia uma barbatana atravessada por um enorme mastro espiralado, donde se estendiam velas membranosas de cor mutável. Sua cabeça lembrava a de uma tartaruga monstruosa, recoberta por uma placa achatada, como a de um crustáceo. Adornando os olhos bulbosos e arregalados haviam fotóforos, e na lateral da cabeça abriam-se guelras de um vermelho vivo.

Ainda que lembra-se um delírio distante e incômodo, o tremor causado pelo avançar do Miriate não deixavam dúvidas sobre a materialidade de sua existência. Tão alto como uma montanha, a criatura mais parecia uma pilastra oceânica, cuja única função era sustentar o céu. Nínere jamais vira algo tão colossal e assustador. Bizarro e belo. Como se todos os elementos dos abismos marinhos reunissem-se em um só ser. Um sonho.

Foi quando o urrar do monstro lhe tirou do transe. O som que ecoou sobre a praia, e por muitos quilômetros de distância, era o uníssono estrondoso de um maremoto, silvos cetáceos e o grave apito de milhares de embarcações. O céu reverberou e os trovões da tempestade calaram-se em reverência.

As águas do planeta anunciavam a chegada de seu filho mais velho. O deus sem nome, a encarnação dos mistérios do abismo escuro, voltava a andar sobre a terra.

Um de seus braços desiguais, uma pinça lagostina de onde brotavam vermes tubiformes farpados e tentáculos com ventosas, agarrou-se à base do farol próximo, dando sustentação para que a criatura se arrastasse da água.

Com o outro, o deus atirou. De seu ombro de coral partiu, com o estampido de um torpedo, uma grossa corrente negra coberta por musgo e cracas. Em sua ponta, acorrentada pela cauda, havia uma enorme baleia azul viva; servindo como mão do Miriate.

O animal marinho cortou o ar em alta velocidade, guinchando tristemente enquanto caía em parábola. Seu corpo aterrissou na vila costeira, dividindo-a em dois por um rasgo de destruição e detritos marinhos. Gritos de desespero e incompreensão inundavam o ar noturno. Homens e mulheres corriam irracionalmente como um cardume assustado. Nada podia ser feito.

Nínere observava tudo de longe, atônita. Protegida pela escuridão e pela distância, sentiu seu corpo tremer por um frio que não era físico. Saberia, mais tarde, que fora uma das poucas sobreviventes da catástrofe. E que aquele seria apenas o primeiro dos Miriates a despertar de seu sono.

Havia chegada a hora de os deuses caminharem novamente sobre o mundo. Não mais como ideais, mas como monstros.

Deus, a Morte e o Diabo

Conheci esse vlog ontem, fuçando pelo Youtube, e gostei bastante do material. Algumas piadas são meio sem graça, mas a atuação e a desenvoltura do pessoal está acima da média do povo que bosta posta babaquices no Youtube. Não são profissionais, mas estão de parabéns.

Seguem os vídeos que mais me chamaram a atenção. Todos demoram um pouco pra engatilhar, mas são conteúdos legais.

Deus
Eu sou Deus! Eu sou mais rico que o Batman, tá?

Diabo
Beba Kuat, é muito pior que Guaraná Antartica!

Morte
Cala a boca Esqueleto! Você não é meu pai!

Fonte: Já Vi pior

05 junho, 2011

Heil Donald!


De todos os personagens da Disney, os que eu mais gosto sempre foram o Pato Donald e o Tio Patinhas

O primeiro por representar o típico cidadão estadunidense: um sujeito mau humorado e impetuoso (e um tanto quanto racista), consumidor de bens de classe média e sem perspectiva de enriquecimento, com histórico militar (o uniforme de marinha deixa claro o direcionamento da mascote), com uma família totalmente desestruturada e com o sonho de tornar-se alguém importante, seja através do enriquecimento fácil por meio da sorte (como no caso de seu primo Gastão) ou por meio de uma herança polpuda (as milhões de patacas do Tio Patinhas). Ainda assim, Donald é um insistente sobrevivente das agruras sociais norte-americanas, um exemplo admirável de resignação e alienação perante o sistema que lhe impuseram.

Ele reclama, briga, esperneia, mas sabe que no fundo não pode fazer nada e que sua expressividade é mínima no que diz respeito a mudar algo. Como todo cidadão típico, ele ama os EUA. Conflitando diretamente com outros indivíduos (e povos de outras etnias) que não condizem com aquilo que o sonho americano julga ideal: Donald reclama dos outros mas não move uma palha para mudar seu meio. A culpa de sua revolta e desgraça é alheia, causada pelos males propagados por aqueles que sujam a imagem do país idealizado por Tio Sam.

Por esse motivo, Donald é um ótimo exemplo de sátira do cidadão americano. A caracterização do absurdo cômico. O fracassado que se odeia por ser assim e não fazer nada para melhorar.

Do outro lado temos o bom (ou seria ruim?) e velho (bota velho nisso, seu nascimento data de 1867) Tio Patinhas, o pato mais rico do mundo. Um bom pastiche do imigrante bem sucedido, que batalhou a vida inteira mundo afora para obter riquezas, mas que só veio encontrar o que buscava no País das Oportunidades - e se você já leu a obra "A Saga do Tio Patinhas", do genial Don Rosa, você sabe do que estou falando... Só pra resumir, o pato só vem a se tornar realmente rico após encontrar uma imensa pepita de ouro ao garimpar nas montanhas do Klondike.

Diferentemente do sobrinho Donald, a rabugice do velho Patinhas tem sua origem em seu passado de privação e dificuldades, e em seu presente de pouca valia para o usufruto do esforço que teve para juntar a fortuna. Tio Patinhas está velho, amargurado e pouco disposto a dividir com os outros "vagabundos" toda a riqueza que obteve em suas aventuras. Apenas os verdadeiros merecedores de sua consideração talvez possam gozar deste privilégio, como as raras demonstração de afeto deste para com a Vovó Donalda (ainda mais velha que ele) e para com os sobrinhos de Donald.

Patinhas beira uma morte inalcançável, vivendo em um mundo de valores perdidos e de futilidade desmotivadora. Não existem mais aventuras, não existem mais desafios. Só lhe resta relembrar os bons tempos (e os amores perdidos, como Dora Cintilante) e proteger sua #1 contra os inúmeros inimigos que fez durante a vida. O retrato do velho judeu avarento, cunhado por Charles Dickens, é retratado pelo personagem de Barks com o acréscimo de ter um histórico rico e uma personalidade bem mais detalhada.

Adoro ambos os personagens, não só por suas alusões sociológicas e pelo histórico bem construído, mas também pelo que eles representaram para a minha infância (as tardes de chuva em casa, quando criança, assistindo os vhs do Pato Donald ou dos DuckTales) e pelo valor literário inerente ao material produzido por um dos maiores nomes dos quadrinhos. Sou um verdadeiro fã das obras de Calr Barks, e lamento profundamente por ter perdido a chance de ter adquirido a coleção completa de suas histórias, quando tive a chance - aceito de presente, viu pessoal?

E para a minha surpresa e curiosidade, descobri hoje que existe um episódio das animações do Donald que faz propaganda pró-EUA na Segunda Guerra Mundial. O episódio se chama "Der Fuhrer's Face", que significa "A Face do Fuhrer", e mostra o pato sofrendo com as agruras de se viver em uma Alemanha Nazista escravizadora de seus próprios membros (e um tanto quanto exagerada).

Apesar de o episódio parecer, a princípio, uma propaganda Nazista velada, é possível notar uma série de críticas bem humoradas e inteligentes ao método de conversão ideológica utilizado pela Alemanha na época, e também ao fanatismo proclamado pelos membros do Partido Nazista. Com um pouco de atenção fica claro notar qual o posicionamento e o interesse por trás do episódio, desmentindo as teorias esdrúxulas daqueles que dizem que o Pato Donald faria uma apologia aos ideais de Hitler e cia.

Para quem ficar na dúvida, o final revela exatamente o que está acontecendo com Donald, bem como qual é o remédio para se evitar uma situação aterradora como aquela. Alguém aí adivinha qual?

Os super-homens arianos: um gordo tímido, um imigrante japonês, um homossexual e um anão histérico.

Ei, e eu estava mesmo falando sério sobre me darem de presente livros e quadrinhos da coleção do Barks do Donald e do Tio Patinhas, viu?


A nível de curiosidade, apesar de ainda aparecer firme e forte nos quadrinhos da Disney, o velho Patinhas nasceu em 1867, o que lhe daria mais de 140 anos de vida, se calculássemos sua idade atualmente. O personagem, por outro lado, data oficialmente de 1947, onde aparece em uma história chamada "Christmas on Bear Mountain". Curiosamente, sua primeira aparição extra-oficial (porque ele não é mostrado sob a identidade que tem agora) é de 1943, em uma animação chamada o "Espírito de 1943", que mostra o pato Donald sendo aconselhado pelos dois lados de sua consciência, o velho avarento e um outro personagem mão aberta, que viria no futuro dar origem ao personagem Gastão, primo de Donald.

O que poucos sabem, porém, é que o personagem Patinhas MacPatinhas, apesar de suas aparições contemporâneas nos quadrinhos, morreu em 1967, aos 100 anos de idade. A morte se deu por conta de uma arte de Don Rosa, publicada em 1991 por um fanzine alemão. A Disney, posteriormente, oficializou o acontecimento e publicou uma homenagem ao personagem na revista Walt Disney Treasures - Uncle Scrooge - A Little Something Special - Sixty Years of Comics Riches.


A ilustração polêmica do funeral de Patinhas


Obs: Tristeza por tristeza, com exceção daquele punhado de super-heróis ridículos que morrem e voltam a vida, alguns autores famosos já mataram seus personagens de modo definitivo, sabia? Até aqui no Brasil isso já aconteceu, quando Maurício de Souza publicou uma pequena série de histórias contando sobre a morte da irmãzinha de Chico Bento, Mariana. Outro personagem da turminha que também já bateu as botas (e voltou) foi o Anjinho, que morreu na época de Cristo. Mas isso fica pra outro post.


Um abraço.

O desenho mais bizarro do mundo

O desenho abaixo é uma animação em stop motion feito com massa de modelar, e foi considerado o desenho infantil mais bizarro que existe. Ele foi banido de diversos países por causa de seu conteúdo perturbador.


Esse episódio em questão se chama "The Adventures of Mark Twain" e é datado de 1985. Vale a pena dar uma conferida, mas o conteúdo pode impressionar até mesmo adultos.



Durma com esse barulho.