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08 dezembro, 2011

Resenha de Bundhamidão


Resenha publicada no site A Toca do Jota, sobre o material gratuito do Reino de Bundhamidão. Estou que nem criança sorrindo aqui! =D
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“E  deus criou o burro a sua imagem e semelhança”
- Crença da Igreja de Quimérios
Essa é a frase que abre o Fast Play do Reino de Bundhamidão, um cenário de humor que explora com paródias, os clichês dos clássicos cenários medievais.
Apesar do press release do cenário ser de novembro de 2010, só fui ouvir falar sobre o sistema nos últimos meses. Não me lembro onde foi que eu li sobre o cenário, mas lembro-me que foi no twitter.
A primeira vez que li sobre o projeto, achei tudo muito interessante e engraçado de como fazem trocadilhos com os nomes de localidades como “Váasphavas, o conglomerado urbano do Condado Devint-Ladhos e a mortal rede de túneis da Toca D’Ís-Koz”. A breve descrição das raças, criaturas e grupos do cenários também chamaram a atenção.
Dei mais um fuçada e cheguei na apresentação que um dos autores, Martheus Funfas faz, dando uma mostra do diálogo que se seguiu com o André Mousinho dando origem a todo o projeto.
Pensei comigo: Legal, um cenário de paródia, como o antigo Defensores de Tóquio (o antigão mesmo), ou Monstros, Mulheres Machonas Armadas até os Dentes e outros. (é só lembro dos antigos, e dai?).
Press Release lido, não ocupei mais meus pensamentos sobre Bundhamidão (apesar de sempre dar risada quando lembro desse nome). Tudo ia numa boa até ver no twitter da Retropunkdisponibilizando o Fast Play, com uma breve descrição do cenário e regras, seis fichas de personagens prontas e uma aventura. Tudo com a belíssima arte de J. Bogéa.
Ainda contava com um questionário para coletarem o feedback de quem testasse o sistema para que aprimorassem tudo antes da versão final.
Baixei, li e gostei. Era impossível não dar risadas do material disponibilizado, ainda mais a aventura, que como todo a ideia do cenário, brinca com os clichês das aventuras padrões. Chamei os brothers e sisters Juliano e Tamara do Além da Imaginação RPG, minha esposa MC e o Fernando. Marcamos a jogatina para esse domingo. (antes do jogo, porque minha mulher queria torcer pro conrinthians, ve se pode)
Mestrei a aventura “Casamento às Avessas” para um grupo de 04 pessoas e  nos divertimos 
pra caralho
 muito.
Bom vamos falar um pouco do Sistema Perfil que da as regras para o cenário de Bundhamidão.
O sistema é simples: todos as jogadas de combate, perícias e interações sociais, são resolvidas com 2d6 + bônus ou penalidades. É focado na interação entre personagens que não seja exclusivamente o combate.
Seus atributos são os Traços de personalidade: Ofensivo, Defensivo, Social, Comportamental e Mental.  Construido sobre um um sistema de forças e fraquezas .
Nós temos os atributos ativos:
Ofensivo, Social.
E os atributos Passivos:
Defensivo, Comportamental.
Os testes são simples. Para o combate você faz a jogada do traço Ofensivo do atacante contra o traço Defensivo.
Para as interações sociais (mentir, discutir, extorquir, convencer,etc) jogamos o traço Social contra o traço comportamental.
Mas o sistema de forças e fraquezas?
Como um jogo de Jokenpo, cada traço tem um correspondente Forte, e outro Fraco. Por exemplo:
Traço Ofensivo Brutal: Forte vs (+1) Valente. Fraco vs (-1) Esquivo.
Traço Defensivo Esquivo: Forte vs (+1) Brutal. Fraco vs (-1) Rápido.
O atacante (Brutal) vai jogar 2d6 – 1 contra um defensor Esquivo. O defensor vai jogar 2d6+1. O Atacante precisa tirar um valor maior ou igual a rolagem do defensor para acertar. Depois rola o dano e pronto.
Para interações sociais a mesma coisa. Um jogador Mentiroso (traço Social), tenta convencer um Desconfiado (traço comportamental). Ele joga 2d6-1 e o jogador Desconfiado joga 2d6 +1. Se tirar igual o maior que o Desconfiado, ele vence a discussão.
Simples não? Uma tabela com os traços vem com o Fast Play.
O jogador que perde uma discussão ou é convencido, perde pontos de Determinação. Quando esses pontos chegarem a zero, não poderá mais iniciar uma discussão e perde automaticamente qualquer tentativa de interação social.
A mecânica é muito fácil de ser aprendida e, principalmente, de ser aplicada na mesa de jogo. Mesmo os combates eram rápidos, sem muita firula.
Ainda temos um sistema de perícias. Algumas muito engraçadas como Trollar. Mas o Fast Play não traz uma explicação sobre elas e assim acabamos por não utilizá-las. Mas também não fez muita falta.
Os personagens ainda tem as Peculiaridades que adicionam Roleplay e dão habilidades estáticas ou que só podem ser ativadas uma vez por sessão de jogo. Funcionam bem.
O charme do Sistema fica com as regras adicionais de Pontos de  estupidez e de Descritivos Absurdos.
Os jogadores sempre receberão pontos de estupidez quando fizerem uma coisa estupida (dãh). E quanto mais estúpido, mais difícil fica o jogo. Em um cenário de paródia, fazer coisas estúpidas é quase uma obrigação. :D
Como todo bom RPG que vem saindo ultimamente, o Sistema Perfil também flerta com o tal de Controle Narrativo, e eu tenho lá minhas resalvas quanto a isso, mas aqui em Bundhamidão ele funciona como uma luva.
Cada jogador pode, uma vez por sessão, assumir o controle narrativo e descrever uma cena absurda para ajudar, ou atrapalhar tudo. Claro que aqui conta com limites como não poder ferir ou curar diretamente um personagem. Mas podem influenciar os acontecimentos da narrativa ou mesmo o ambiente onde ocorre a cena. Um exemplo do próprio Fast Play: um jogador pode usar um Descritivo Absurdo para fazer uma chuva de suco de tamarindo apagar um incêndio.
A terceira regra adicional é a de comercialização. É interessante, mas meio confusa fazendo que com que em nossa sessão não à utilizássemos. (Quer saber mais sobre ela, baixe o pdf e leia.)
A ficha de personagem fica um pouco confusa na hora dos combates pois o dano das armas e os bônus de armaduras estão tudo lá no campo Pertences. Não chega a atrapalhar, mas também não ajuda.
A aventura é muito boa e engraçada. Ao invés do clássico resgatar a princesa das garras do dragão/ogro/mago/demônio em uma masmorra terrível, temos que resgatar um príncipe das garras de um ogro, em um masmorra-hotel/bordel. (é isso mesmo)
E quem pensou em um príncipe cercado de mulheres bonitas vai se dar mal. :D
A aventura transcorreu sem problemas, o manual traz tudo que você precisa saber e logo postarei um conto baseado nela aqui no blog. Será a primeira vez que tento escrever uma comédia, vamos ver se não fica 
muito
 ruim.
Bom, o Reino de Bundhamidão e o Sistema Perfil está aprovado pelo nosso grupo. Não vemos a hora do cenário completo ser lançado e espero que traga mais aventuras ao estilo do Cassamento às Avessas.
Deixo meus parabéns aos autores Matheus Funfas e André Mousinho, ao editor Guilherme Moraes, o artista John Bogéa e à Retropunk por mais esse lançamento e por investir no autor nacional de RPG.
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Meus sinceros agradecimentos ao Jota Marques, que escreveu a resenha, e um grande abraço pra todos os jogadores e mestres que estão participando dos playtestes.

20 novembro, 2011

O Reino de Bundhamidão - Fastplay


Salve pessoal, tudo tranquilo?

Faz um bom tempo que venho anunciando aos 4 ventos sobre o meu livro de RPG de humor, chamado infamemente de O Reino de Bundhamidão. Pois bem, para os que já cansaram de ouvir falar sobre, mas que nunca tiveram a chance de conhecer melhor, a Editora Retropunk disponibilizou um material gratuito em seu site, com regras simplificadas do jogo, uma descrição breve do cenário, uma aventura pronta para ser jogada e seis personagens pré-formulados para que os jogadores entrem no clima do jogo.

Espero poder contar com o feedback de vocês, mesmo que seja apenas para enviarem críticas, ameaças ou dívidas por email. Embora comentários construtivos, elogios, dúvidas e sugestões sejam mais bem vindos...

Clique aqui para ir para a página de download do material gratuito.

08 novembro, 2011

Diálogos III



Mais um post da série Diálogos. Confiram as partes I e II.

Sem Reação

  • Pega! – disse meu pai enquanto arremessava a sacola de supermercado, logo ao fechar a porta do motorista.
Eu olhei atônito, sem esboçar a menor reação. Havia acabado de me levantar do banco do carona e jamais imaginaria que aquele tipo de situação pudesse acontecer, ainda mais de modo tão trivial. Fui pego em uma situação tão inusitada, e tão estúpida, que me limitei a acompanhar com os olhos, como se em câmera lenta, o arco que o precioso objeto fez antes de se espatifar no chão, aos meus pés.
  • Por que você não pegou ela? – rugiu ele, irritado. Como se a ação imbecil tivesse sido minha, e não dele.
  • Você me jogou uma lâmpada! Uma lâmpada de quase cinquenta reais! - esbravejei, saindo do transe.
  • Sim! E por que você não pegou? - disse, ainda mais cheio de razão.
  • Que tipo de pessoa joga uma lâmpada para outra pessoa pegar, ainda mais por cima de um carro? E ainda por cima uma tão cara!
  • Mais um motivo pra você ter pego!
  • Sério mesmo... Eu não peguei porque não consegui acreditar que você tinha jogado...

Mas devia ter acreditado. Adivinha quem teve que comprar a substituta?

Call of Duty Modern Warfare 3

Um dos melhores trailers de jogos de todos os tempos. Divertido, criativo, empolgante e com a trilha de AC/DC.


MODERN WARFARE 3! por failwars  no Videolog.tv.

Esse eu compro original. E olha que nem vi o gameplay.

Infográfico de Sobrevivência contra Zumbis

Clique na imagem para ampliar.


07 novembro, 2011

4 anos em 40 segundos

A usuária do youtube Madandcrazychild postou um vídeo na rede que já alcançou 4 milhões de acessos em pouquíssimo tempo. Ela fez um time lapse (efeito em que vários minutos/horas de gravação são acelerados criando um efeito de encurtamento de tempo) com mais de 1.300 fotos do próprio rosto em apenas 41 segundos.

O vídeo reúne as fotos diárias tiradas no últimos 4 anos, mostrando as mudanças no rosto da moça (muito bonita por sinal). As fotos podem ser conferidas no site Clickflashwhirr e no perfil dela do Flickr.



06 novembro, 2011

The Walking Dead Webisodes - Torn Apart

Torn Apart (algo como "dilacerado" ou "cortado ao meio") é o nome da websérie integrante do universo de The Walking Dead, a famosa série da Fox de zumbis, baseada em quadrinhos homônimos (se você nunca ouviu falar desta série, provavelmente não vive na Terra ou não assiste tv ou não usa a internet com frequência).


Os 6 episódios contam a história de Hannah, uma mãe que faz de tudo pra proteger os dois filhos contra os mortos-vivos do apocalipse zumbi, e que aparece no primeiro episódio da série de tv como a zumbi partida ao meio (daí o nome do curta). Vale a pena dar uma conferida se você é fã da série ou entusiasta da "moda Z", mas saiba que as cenas mostradas no último episódio são mais fortes do que a grande maioria das cenas da série televisiva.


Episódio 1

twdw1 por medob  no Videolog.tv.



Episódio 2

twdw2 por medob  no Videolog.tv.



Episódio 3

twdw3 por medob  no Videolog.tv.



Episódio 4

twdw4 por medob  no Videolog.tv.



Episódio 5

twdw5 por medob  no Videolog.tv.



Episódio 6

twdw6 por medob  no Videolog.tv.



Curiosidade: Um fato interessante sobre o universo de The Walking Dead, mostrado em um dos episódios de Torn Apart, é que um dos personagens cita que seu cão, Max, foi infectado e está agindo de modo estranho. O que leva a crer que o vírus zumbi também afeta animais, adoecendo-os, mesmo que não os faça retornar como mortos-vivos.

29 outubro, 2011

Diálogos II

Continuação da série Diálogos, da coletânea Crônicas de Coisas Comuns.
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Subversivo


- Sabe o que eu mais gosto nos videogames? - meu amigo perguntou.
- O que? - continuei.
- As histórias... Cara, tem história de jogo que é mil vezes melhor do que de filmes ou livros. Verdadeiras obras de arte! E as músicas... Incríveis!
- É verdade... - concordei meio sem saber se realmente concordava.
- E você, do que mais gosta?
- Ah, sei lá, de tudo eu acho... - fiquei atônito com a temática incomum, não era algo no qual eu estava pensando ativamente naquele momento.
- Tudo? Nada em especial?
Pensei a respeito. O assunto surgira de forma espontânea, porém estranha. Mas a discussão podia tomar um rumo interessante. Puxei da memória quais características mais me agradavam e me dei conta de que eu já tinha uma opinião formada a respeito.
- Conceitos talvez... - eu disse - Idéias que fogem do óbvio...
- Como assim?
- Coisas que ninguém pensaria em outra situação. Tipo, jogo de tiro é tiro, corrida é corrida, luta é luta...
- E? - ele pareceu se interessar.
- Tetris, por exemplo. Quem pensaria em criar algo como Tetris? A propósito, o que é Tetris?
- É um puzzle! - disse conclusivo - Qualquer idiota cria um jogo assim. Nem tem gráficos tridimensionais...
- Não é disso que eu tô falando. Eu falo do conceito abstrato. Da idéia do contexto.
- Blocos caindo? O que tem de mais nisso?
- Não são exatamente blocos caindo. Isso é uma representação de algo muito maior. É uma metáfora, nunca percebeu?
- Do que? - perguntou erguendo a sobrancelha.
- De tantas coisas. O fim de uma era, o cerco à Stalingrado, a queda do capitalismo, a construção de uma nova ordem política. Os tijolos são as riquezas infindáveis da mãe Rússia, sendo alinhados em igualdade pelo proletariado para fundar os alicerces do socialismo. A música tema é o Korobeiniki, o hino folclórico dos bolcheviques. É tudo uma alusão... Você nunca notou isso?
- Cara... - disse me olhando com um certo espanto no rosto.
- O que?
- Como você é nerd!

"Sim, eu sou."



Crônica: A Esquina dos Mundos - Parte 1


Esta crônica, juntamente com os textos da série Diálogos, integram um projeto, que espero publicar em breve, chamado Crônicas de Coisas Comuns.

A Esquina dos Mundos faz parte do capítulo com relatos dos sonhos mais marcantes que já tive, juntamente com os textos "Ela", "Primitivo", "Ruínas", "Redenção" e "Infinito". A Esquina é o maior texto do livro, por isso estou postando aqui apenas a primeira parte dele - a segunda parte postarei na semana que vem.


A primeira vez em que eu visitei aquele lugar foi em um sonho. Eu adormeci após uma noite de festa, embriagado, ainda embalado por músicas que jamais havia ouvido antes. Talvez, por conta do turbilhão ébrio, eu não tenha me dado conta de como cheguei ao lugar, ou qual era exatamente o contexto daquele sonho. Mas como dizem, sonhos são sonhos.

A primeira coisa que me lembro era de estar dentro de uma carruagem, do tipo visto em filmes que remontam a Europa de dois ou três séculos atrás. Era uma carruagem com o interior todo em madeira, com pequenas janelas adornadas por cortinas de veludo escuro. Lembro de estar sozinho no veículo, e que este era conduzido por um cocheiro silencioso, que em momento algum dirigiu a palavra para mim. O único barulho marcante era o trotar do cavalo que a puxava, embora possam ter sido dois ou até mais e eu não saiba dizer.

De súbito a carruagem parava em frente à uma calçada cinzenta, projetada em um ângulo obtuso arredondado, no cruzamento de duas ruas enevoadas pela neblina da madrugada. Eu lembro de saltar do veículo e sequer olhar para trás, apenas ouvindo o cocheiro partir rapidamente, estalando as rédeas no(s) cavalo(s) fantasma(s) atreladas a ela.

Em seguida, me deparei com o local que, ao menos em meu subconsciente, busquei naquela noite. Servindo como ponto de encontro entre as duas ruas entrelaçadas, uma pavimentada com asfalto novo, ainda exalando o forte cheiro de piche e tinta, outra feita de enegrecidos blocos de pedra, geometricamente encaixados, havia um meio fio de cerca de vinte centímetros, adornado por uma boca-de-lobo repleta de limo, composta por ferro há muito oxidado.

Sobre a calçada, a poucos passos do fim da rua, elevando-se como um guardião da esquina havia um belo poste vitoriano, escurecido por um sem número de anos. Ele era alto, podendo facilmente atingir três metros de altura ou mais, e sua iluminação, que presumi ser a gás, era amarelada e fraca. Quase como se este quisesse manter algum tipo de discrição, mesmo sendo o único poste daquele modelo em quadras de distância.

Por breves instantes, ao mirar a projeção de sua luz na rua, pensei ter visto pequeninas figuras humanóides, fulgurando e dançando por entre as chamas, tal qual as mariposas que se entregam ao fogo em um clímax suicida. Mas para o que outros viriam ser fadas, minha razão logo repreendeu qualquer forma de devaneio e me deu certeza quanto ao comportamento dos insetos atraídos pela luz incandescente.

E ao retornar, e terminar, minha análise sem propósito do obelisco erigido no meio da calçada, notei duas pequenas indicações em forma de placas, tais quais os pequenos indicativos das ruas, usualmente presente em marcos de esquinas. Ambas eram de bronze, já esverdeadas pela umidade do local e pelo tempo, e ao invés de estamparem os nomes das ruas que se cruzavam, apenas diziam: “A Esquina dos Mundos”.

25 outubro, 2011

Nonsense no Último



Ok, agora um post absolutamente nonsense. Se você curte esse tipo de humor (deveras difícil/babaca/intrigante) dê uma checada no site Prodigialis.

A propósito, prodigialis, pra quem não sabe, é o nome do meme mais ridículo e nonsense da internet. E é coisa de brasileiro, claro!

Logomúsica

Já pensou o que aconteceria se todas as músicas tivessem uma imagem que remetesse imediatamente ao seu significado?

Ok... Nem todas as músicas do Logomúsica fazem isso ao pé da letra. Mas a idéia é genial e o resultado é bem divertido. Vale a conferida.




21 outubro, 2011

Guitarra Humana

Apenas calem a boca, assistam o vídeo e aproveitem o momento "meu Deus do céu, isso existe?".

Pra quem não lembra, ele é um dos atores que fez um dos mais célebres personagens de Loucademia de Polícia.

11 outubro, 2011

Trollando o Mundo

Seleção de trollagens clássicas de personagens de filmes. Notem que o tema do Trololo Guy é quase obrigatório.

Darth Vader (Star Wars)


Balrog (LotR)


Saruman (LotR)

02 outubro, 2011

O Poeta

Poesia velha, também tirada do arquivo de textos pré-históricos que achei aqui em casa. Mesmo datando de 2004 e sendo pequena gosto bastante dela.


O poeta pediu a Deus um tema, e recebeu o amor.
Pediu um instrumento, e recebeu as palavras.
Pediu uma inspiração, e recebeu alguém a quem amar.
Pediu a perfeição, e Deus lhe tirou tudo.
Deixando a saudade em seu lugar.

Serafim

Conto antigo, escrito em 2002, quando eu tinha apenas 15 anos. Apesar de não estar exatamente bem escrito, impressiona um pouco pela linguagem (considerando que eu era só um moleque quando escrevi) e pelo desfecho sinistro.



Serafim tinha 8 anos quando apareceu pela primeira vez nos portões de casa, pedindo alguns trocados para comprar remédios para sua mãe. Lembro-me que eram remédios caros e eu não estava disposto a desembolsar tanto com uma pessoa que nem conhecia; mas o garoto insistiu tanto que acabei cedendo.
    • De quanto você precisa? Uns trinta reais? Cinquenta? - perguntei com pressa, pois estava atrasado para o trabalho.
    • Não tio, só dez mesmo! O resto eu me viro pra arrumar! - respondeu ele num sorriso branco escurecido. Fitando-me com seus incômodos olhos rubros de sangue, e saindo logo em seguida.
E assim as visitas se tornaram constantes, intensificando sua frequência com o passar do tempo. Nos primeiros dois anos, Serafim se limitava a bater na frente de casa uma ou duas vezes por semana, no máximo. Sempre pedindo educadamente, na medida que sua condição social permitia, coisas simples que qualquer outro garoto de rua pediria: cobertores aos trapos, roupas usadas, pratos de comida, brinquedos velhos e dinheiro – este último com muita mais frequência do que os demais. Apesar de minha desconfiança, Serafim sempre dizia usar o dinheiro para comprar remédios para a mãe que, segundo ele, sofria de “tiabetes”. Mesmo não acreditando, dificilmente eu me aborrecia com a história e sempre o ajudava quando tinha condições.

E assim as coisas prosseguiram nos três anos seguintes. Eu continuei a trabalhar na movelaria e receber minha aposentadoria de servidor público; a cidade continuou pacata e pouco movimentada; e o garoto continuou o mesmo de sempre: magro, sujo e educado. Com o passar de todo este tempo a única coisa que pareceu mudar nele foram os grandes olhos vermelhos, ainda mais destacados em sua face encaveirada. Estes pareciam mudar de tonalidade conforme o garoto mudava sua expressão, variando entre um vermelho apagado a tons escarlates vivos e suaves carmesins.

Outra coisa que, a meu ver, havia mudado foi sua confiança, que aumentava excessivamente. Pois quando não estava brincando na rua com as outras crianças, estava em frente ao portão de casa, pedindo algo. Quase de forma sagrada, em todos os dias úteis lá estava Serafim pedindo dinheiro para os remédios da mãe. Eu já estava começando a me aborrecer com a situação e não foram poucas as vezes em que inventei alguma desculpa qualquer para negar ajuda. Muitas vezes, quando fiz isso, senti nas profundezas de seus olhos que ele sabia que eu estava mentindo. Era uma sensação estranha, que mais de uma vez me atormentou durante a noite, antes do sono chegar.

Há dois meses, porém, Serafim me fez um pedido um tanto incomum: queria tábuas e pedaços de madeira, fossem eles velhos ou novos, não importando o tamanho ou a quantidade. Eu estranhei o pedido de início, mas não pude negar algo tão simples a alguém por quem eu tinha tanto apreço. Mesmo porque lascas de madeira e chapas de compensado eram o que não me faltavam, em decorrência de meu trabalho na movelaria. Aos poucos, os pedidos diários de “trocados” foram dando lugar à tábuas e paus velhos, e a desculpa do dinheiro para os remédios da mãe não precisou mais ser utilizada.

Logicamente, qualquer um estranharia o pedido de Serafim. Mas aquele era um período de férias escolares, e as crianças estavam infestando as ruas com brinquedos novos e artesanais, dentre eles a grande novidade: carrinhos de rolimã. Isso me levou a imaginar que talvez o garoto estivesse entretido fabricando seus próprios carrinhos, e até mesmo vendendo-os para conseguir algum dinheiro. Algo que me deixou, de certo modo, aliviado.

Mas pouco tempo depois, durante uma semana chuvosa, o menino de rua veio a mim pedindo apenas madeira – não mais comida ou dinheiro. A cada dia que passava Serafim emagrecia mais, e mais vermelhos ficavam os seus olhos. Até o dia em que ele não apareceu nos portões de casa, como sempre fazia às cinco da tarde de todos os dias.

Para minha angústia, fiquei sabendo naquela mesma tarde que a pequena igreja do fim da rua tivera alguns de seus crucifixos roubados na noite anterior. Cheguei então a conclusão de que o furtivo ladrão era o pequeno de olhos vermelhos, por lembrar que todos os crucifixos da paróquia eram feitos de madeira. Inúmeras dúvidas me vieram à cabeça naquele momento, dentre elas o porquê do comportamento de Serafim.

Eram quase dez horas da noite quando o olhar perturbador do garoto me veio em mente. E este não me abandonou até que eu me levantasse da cama, vestisse uma roupa apropriada e saísse rua afora atrás do garoto em sua moradia. “Casa”, em si, não era a palavra perfeita para descrever o barraco de apenas dois cômodos onde viviam o menino e sua mãe. Mas era o modo mais educado de defini-la levando em conta a renda da família. Do lado de fora desta, havia apenas uma lâmpada fraca que mal iluminava o lugar, deixando a escura esquina com um aspecto ainda mais mórbido do que o normal.

Espiei pela única janela da construção, na esperança de conseguir ver alguém em seu interior, mas o vidro estava demasiado sujo e trincado para que eu pudesse enxergar algo com nitidez. Apenas uma tênue luz no interior me chamou a atenção. Resolvi então entrar pela porta da frente, furtivamente para não assustar nenhum dos moradores. Mas ao abri-la me deparei com uma cena que me fez empalidecer instantaneamente e sentir a pior sensação de minha vida.

Postado em cima de uma velha mesa de madeira, junto à algumas velas já derretidas e aos crucifixos roubados da igreja, estava um precário caixão feito de tábuas velhas e peças de compensado, toscamente pregados. Dentro deste, estava o corpo já sem vida da mãe de Serafim, rígido e cinzento, como se tivesse morrido no dia anterior.

Como um cachorro brutalmente açoitado pelo dono, eu fugi daquele lugar o mais rápido possível e covardemente me refugiei em casa, atormentado pela visão.

Há mais de um mês aconteceu aquela terrível experiência, e desde então as coisas mudaram. Serafim raramente tem aparecido nos portões de casa para pedir algo, e quando pede o faz sempre evitando certas palavras. Remédios e madeira tornaram-se um tabu entre nós dois. Apesar disso e de sua ausência, sempre o vejo brincando na rua com os outros garotos, ainda que tenha adquirido um ar entristecido e amargurado.

Fiquei sabendo, através dos vizinhos, que sua mãe sofria de diabetes, como o próprio garoto costumava comentar, e que esta foi a causa de sua morte. Hoje em dia, todas as vezes que ouço esta palavra sinto uma náusea profunda, mesmo quando a imagem daquela noite não me vem nítida à mente.

Eu sei que de algum modo, em algum lugar escuro, naquela noite, Serafim estava me observando. Vejo isso todas as vezes em que encaro seus profundos olhos vermelhos. Aprendi, por um motivo que não sei bem dizer, a temer seu olhar e no fundo ele sabe desse medo. Nunca mais tive uma noite sequer decente de sono desde então, meus olhos agora também vermelhos me denunciam.

Hoje Serafim tem apenas 13 anos, eu 65. Mas sinto que perto dele não passo de uma criança. O menino com nome de anjo é muito mais velho do que eu. Seus olhos são a prova disso.

- M.B.B.F., 06/10/2002

25 setembro, 2011

O novo Jaspion


Como a internet é estranha, né? Um maluco no Facebook criou uma campanha promovendo uma causa realmente bizarra: se a comunidade que ele criou alcançar 1 milhão de "Curtir", a mulher dele aceitará colocar Jaspion como o nome do filho deles que está pra nascer.

Sei que é uma tremenda sacanagem com a criança, mas vamos ajudar assim mesmo? =]

É só curtir essa comuna aqui.

23 setembro, 2011

Ultimate Postation Master Astronautation


Cedendo a pressões extremas (ameaças de perder minha única fã mulher, vulgo: Morgana - já que o Galihali admitiu ser meu fã também), resolvi atender ao desafio de postar pelo menos 5 posts no Astronauta em seguida... Não que seja grande coisa - ainda mais considerando que ela exigiu 15! - mas já é um começo, né?

Bom, lá vão eles... E sim, esse conta!

Diálogos I

A série Diálogos é uma coletânea de crônicas baseadas em conversas reais que tive ou que presenciei em certos momentos da minha vida e que me marcaram por algum motivo. Espero um dia lançar um livrinho com esse material.

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Relatividade

- Tudo é relativo! - foi como ele começou a discussão.
O outro logo retrucou: - Se tudo é relativo, essa frase é absoluta! Então nem tudo é relativo!
- Tá vendo? Viu como é relativo?

Os intervalos das aulas de jornalismo não eram exatamente inteligentes, mas tinha lá seu conteúdo filosófico.

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Céu

- O que você fazia quando sentia falta de casa? - perguntei.
- Nada. Acho que não tinha muito o que fazer... - respondeu meu irmão.
- Nada mesmo?
- Sabe, eu acho que descobri uma coisa muito legal...
- O que?
- Olha pro céu!
- Ãhnn...
- Vê algo de diferente nele?
- Não! Não que eu tenha notado...
- É isso! Ele é igual em qualquer lugar! Aqui, no Brasil, tanto faz...
- ...
- Quando eu sentia falta de casa, olhava pro céu. Ele sempre é o mesmo, sempre familiar. É só olhar pra cima. Uma parte de casa aonde quer que eu esteja...

E de fato era. Cinco dias depois eu entenderia perfeitamente o que ele quis dizer. E com a ajuda de cogumelos.

Sidney Shark

Jogo muito retardado, onde o objetivo é devorar a tudo e a todos no seu caminho. Controle o tubarão e espalhe o terror nas praias da Austrália.



Fonte: Newgrounds

A Fonte da Dúvida

Tirinha inteligente retirada do site Oglaf. O site tem uma arte muito bem feita, mas um conteúdo de gosto duvidoso (horrível, por sinal). A autora carrega em tirinhas escatológicas e de tom sexual (pervertido e deturpado, eu diria). Recomendado para maiores de 18 anos, amantes de humor-negro (o meu caso) ou pessoas sem escrúpulos.

Essa é uma das mais fraquinhas do site...

Entendeu? Não? Como assim não?

Clica na imagem pra ampliar.

Los Delinquentes y Tomasito - La Cacerola

Clipe de uma das melhores músicas do grupo espanhol Los Delinquentes. Conheci a banda de "flamenco popular" quando viajei para a Europa com meu irmão. A banda tem um som extremamente divertido e animado, sendo ótimo pra animar festas (regadas à tequila e outras bebidas, claro!).

Yo me voy, yo me voy, que por el mundo!

Pra quem não sabe, cacerola é o mesmo que panela. =]

E aqui a versão do CD.

Sim, tenho sangue espanhol... Dois "Bueno" no nome não é a toa!