Seções

29 abril, 2007

Notificações

Mudanças:
- Uma pessoa postou aqui no post sobre a repetição das ilustrações temáticas de cada seção. Outras duas também deram a opinião pessoalmente. Decidido: Já que não acharam legal a personalização do blog, acho que vou alterar as ilustrações à cada post. Estou alerta para mais manifestações.

Coisas Bacanas:
- Meu quase-irmão Pedro Paulo ganhou o primeiro lugar no projeto Jovem Cientista em nível mundial, na Rússia. Seu projeto provavelmente vai revolucionar muita coisa por aqui, pois diz respeito ao álcool brasileiro indiretamente. Parabéns Pedrinho! Abração de todos os membros da tua segunda família! Te amamos cara!!!

- Entrei em contato com a editoria da revista Mundo Estranho ano passado, e o povo de lá me notificou que estavam interessados em avaliar alguma matéria que eu mandasse pra eles. Se ficasse boa... quem sabe... ;). Cá entre nós, estou preparando duas matéras pra mandar pra lá: uma sobre a Amazônia e outra sobre RPG.

- Falando em RPG, mostrei um material de adaptação de um jogo famoso (ZELDA, pra ser exato) para RPG, e o povo de uma famosa revista da área disse que ficou interessado em uma matéria sobre. É só eu mandar que eles publicam! ...ao menos é melhor do que nada: pode ser rpg mas já é alguma coisa... acho que isso vai fazer eu me sentir um pouco mais capaz. ;p

Abraços à todos aqueles que não comparecem a este blog... e aos que comparecem mas fazem questão, para o meu desespero e desilusão, de ficarem anônimos. Pows gente, postem alguma coisa ae pra mostrarem que passaram por aqui...

20 abril, 2007

Se meu diploma de jornalismo falasse...


...iria dar uma bela cagada em nossos ilustres representantes do Poder Legislativo.

Dá uma olhada essa nota divulgada pelo Sindicato dos Jornalistas: A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) em conjunto com os Sindicatos de Jornalistas do Brasil emitiu hoje (07/04), Dia do Jornalista, Nota Oficial intitulada "Por um jornalismo feito por jornalistas diplomados e registrados! ".

É só entrar nesse endereço e checar a grande bronca: http://www.ojornalista.com.br/news1.asp?codi=2025

Aí você pára e pensa: "- Ué, mas não seria melhor se regulamentassem essa situação?". Claro que seria! Mas estamos em uma situação viciosa e estagnada! Um fosso de merda-movediça, que só nos afunda quando nos debatemos. Não é do interesse de outrem, mas para quem trabalha na área da comunicação seria essencial se esta questão fosse debatida com o mínimo de bom-senso e ética profissional!

Mas cai na mão de quem??? Daqueles que sempre tomam decisões em causa própria!

Puta Que O Pariu!!!

Errando na escolha certa

Larguei direito no final do primeiro ano. No começo pensei que fosse um curso tedioso e enfadonho, feito para velhos ou pra patricinhas e playboys ávidos por reconhecimento - no fundo talvez eu até tivesse um pouco de razão - mas hoje percebo que minha decisão foi precipitada e MUITO idiota! Pra ser sincero, me faltava maturidade para encara um curso como aquele... Então, seguindo minha teimosia contra os conselhos dos meus pais (meu pai em especial), resolvi me dar a chance de errar enquanto ainda sou novo.

Mudei para jornalismo. O começo também não foi algo fantástico: no primeiro ano, por exemplo, me frustrei com a disciplina Fotojornalismo - sinceramente, acho que a única coisa que me ensinaram foi construir uma câmera fotográfica com uma lata de leite em pó e a revelar fotos em uma câmara vermelha, que por sinal fedia horrores, usando um papel especial que custa tão caro, que torna mais acessível revelar fotos em uma loja especializada. Em suma, nada que eu não pudesse ter aprendido depois de fuçar durante 15 minutos na Internet, ou mesmo assistindo programas infantis de "faça você mesmo".

Com História das Artes não foi muito melhor - embora tenha sido muito mais divertido. A professora apresentava tanto conhecimento acerca de sua disciplina, que proclamou pérolas inesquecíveis por minha turma: "egípcios existiram há 4 MILHÕES de anos atrás"; "os hieróglifos são uma linguagem cujo significado nunca foi descoberto"; "o império romano dominou a Europa durante toda a IDADE MÉDIA", entre outras declarações hilárias. Seria cômico, se não me custasse caro...

O tempo foi passando, algumas matérias se revelaram essenciais - tal qual alguns professores incríveis - e eu comecei a pegar a "manha" necessária pra trabalhar nesta área. Descobri que meu curso é 85% diferente do que imaginei que fosse à princípio; fiquei maravilhado E incrivelmente frustrado com certas experiências (como a professora que transformou o meu sonho de Jornalismo Impresso, em uma poça fútil de interesses para ascender socialmente, enquanto "devemos" nos submeter à vontade de nossos chefes). Mas mesmo aos trancos e barrancos acho que estou levando jeito para a coisa.

Comunicação Social é mesmo minha área. Poderia ser biologia (que eu adoro!!!), mas no Brasil, ou se é médico ou veterinário ou dentista ou desempregado... Então deixa pra lá... Fico com jornalismo mesmo...

O problema é esta questão do diploma de jornalista. Com essa andança do projeto de lei no Congresso - e com o lado ruim pendendo pro nosso lado -, é provável que qualquer um possa trabalhar nesta área sem possuir graduação, ou mesmo ter experiência profissional. Isso facilita a vida daqueles que não possuem diploma, mas já estão empregados (imagine se algum alto executivo da central de produção da Rede Globo, que não possui diploma vai se "sujeitar" à fazer faculdade depois de velho? até parece...), ao mesmo tempo em que favorece os trabalhadores sem carteira assinada - mesmo os que possuem - que se sujeitam à ganhar menos do que um profissional da área ganharia, por um emprego.

Em suma: qualquer um pode ser jornalista dadas as atuais condições. Até mesmo quem faz biologia ou é desempregado-nato (brincadeiras à parte, respeito ambas as "qualificações").

Éééé...eu não deveria ter largado Direito...

16 abril, 2007

- Onírico, sua besta! - disse o Nário...

Onírico: Derivado de oneiro, do grego, sonho.
Sua origem também é relacionada a Oniro, deus grego dos sonhos também conhecido como Morfeu ("aquele que forma; que molda"), filho da deusa da noite, Nix, e do deus do sono, Hipnos. Possui a habilidade de assumir qualquer forma humana e aparecer nos sonhos das pessoas sob a forma de um ente querido.

É mencionado por Ovídio no livro Metamorfose, como um deus que vive em uma cama feita de ébano, em uma escura caverna decorada com flores.
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Cá entre nós, é uma palavra pouco usada no cotidiano, mas aplicada vastamente na psicologia, na literatura, em jogos e em abordagens sobre o tema (meio óbvio!).

Em suma: algo onírico é algo relacionado aos sonhos.

11 abril, 2007

Ahhh, esçe meu Bráziu...

Assim nasceu o povo...

...Neto de um estrangeiro bigodudo, de sotaque engraçado, hálito forte e acostumado a vestir-se com roupas pesadas. Nunca conheceu direito seu avô materno, talvez porque este tenha há muito abandonado seus rebentos à própria sorte e voltado para casa ao além mar; talvez, porque o verdadeiro intuito deste não incluísse uma progênie em seu legado. Após seu retorno às terras distantes nunca mais sequer incomodou-se com o bem estar de seus rebentos.

Sua avó materna, uma analfabeta naturista, limitava-se a viver consumindo o necessário para seu sustento. Nua e ingênua, sujeitava-se aos abusos do marido (que jamais aceitou como seu) por imposição, medo e falta de informação. Não suportando mais tantos maltratos, a pobre fêmea morreu dando à luz para a mãe do povo.

O avô paterno foi o mais sofrido. Passou uma infância iludida, em belos campos abertos, vivendo feliz e livre até sua maturidade. Desde então, capturado como um animal selvagem, conheceu o mundo amordaçado, surrado e violentado. Sempre em silêncio.
Às escondidas teve um filho, mas não chegou a vê-lo nascer.
Morreu antes; de tristeza; dentro de uma jaula.

A avó paterna era uma fugitiva. Perseguida em terras distantes, correu para longe das matas de pedra. Seus familiares a sufocavam e reprimiam, e esta, ansiando por seu espaço fixou-se nas matas de folhas.
Morreu idosa e doente, infeliz com seu passado e desgostosa com as atitudes do filho.

A mãe do povo puxou a avó, submissa, desinformada e ignorante. Desprovida de educação, iludia-se com as promessas do esposo. Uma casa melhor, uma saúde melhor, uma vida melhor...

O pai do povo era um boêmio canastrão; bebia, mentia e vivia “na vida”, sempre às escondidas, sempre sob os panos. Sua imagem nos jornais já era outra; defensor do povo, amigo de todos, honesto, cidadão ícone. Iludiu a esposa, deixou o povo abandonado; hoje, manda supremo em sua casa.

O povo, herdeiro do país, nascido de quatro etnias, descendente de várias culturas, filho de um pai relapso e uma mãe submissa, nunca teve nada.
Suas heranças foram: fome e miséria; preconceito e discriminação; vergonha e ignorância.

Hoje chora; reprimido, desiludido e perdido...
...E assim morreu o povo; por mãe negado, por pai fodido...