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10 agosto, 2010

Era uma vez...

...um escritor que tinha muitas e muitas (E MUITAS) ideias. Algumas eram realmente boas, outras extremamente ruins, mas quase todas tinham como característica principal o fato de serem bem criativas.

Mas por algum motivo, que o escritor nunca soube explicar e tampouco entender, aquele turbilhão de ideias legais não conseguiam ser materializadas para o mundo real. Recusavam-se prontamente a abandonar o plano Etéreo - como deduziu Platão, milênios atrás.

No começo o escritor pensou que o problema fosse com ele. Achou que sua capacidade de concentração era sofrível ou que sua mente gostava de pregar peças nele, gerando sonhos e delírios impossíveis de se realizar. Depois veio a corrente contrária de opiniões, culpando as próprias ideias, por estas serem tão vanguardistas, que se tornavam incompatíveis com a realidade atual. Em seguida veio a crítica contra o público, tido como retrógrado e fútil demais para entender toda a grandeza contida nas linhas jamais escritas. Então vieram outros culpados, como o computador, o tempo (ou falta deste), a falta de incentivo, a necessidade de emprego, etc etc etc...

E nesse fluxo interminável de desculpas subsequentes e contraditórias o escritor esqueceu-se de que no fundo tudo aquilo não passavam de ideias. Algumas realmente boas, outras extremamente ruins, mas no fundo, todas não passavam de ideias. Ao se dar conta disso, o escritor se viu em uma situação de impasse, com apenas duas possíveis escolhas: abraçar completamente seus sonhos ou enterrá-los para sempre na banalidade.

A pergunta é... Qual escolha o escritor deve fazer?


Conto com a resposta de vocês!

5 comentários:

  1. A realidade eh uma ficção criada pela falta de utopia: abrace seus sonhos.

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  2. Concordo com o comentário da M. Fernanda. Tem uma citação no meu orkut que acho bem adequada como resposta à sua pergunta. É esta:-
    "A utopia está lá no horizonte. Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar" (Eduardo Galeano).
    O que dá sentido à caminhada, é você realizar seus sonhos e objetivos ao mesmo tempo em que persegue outros tantos.

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  3. Escritores escrevem, pensadores pensam... escreva qualquer coisa, desde que, escreva. Ficar matutando idéias sobre o que pode dar certo ou errado, não vai fazê-lo ser um escritor melhor, mas sim, um melhor pensador :)

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  4. saia do exílio...

    ass: sofia

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  5. Abrace seus sonhos, e esqueça a realidade, afinal, não é de sonhs que vive o homem?
    Um escritor não apenas escreve, pensa, ou faz um roteiro. Quando um escritor escreve, ele se torna deus de seu mundo. Um mundo que ele conhece melhor que qualquer um, que o ama e o teme acima de tudo, e que, mesmo que seja posto de lado, abandonado, e esquecido entre as máscaras do passado, voltará nos tempos de solidão, de amargura, de tristeza, e nos deixarão a certeza de que, quando nos desligarmos desse corpo (e seja lá para aonde formos), sabermos que jamais seremos esquecidos...

    Volte a escrever... Vai se sentir melhor, meu bem, e não se esqueça de quem você é de verdade.

    Bjos, Morgana

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