Brincaram comigo dizendo gentilmente que eu "Não existia!", após uma brincadeira que eu fiz.
A inspiração veio e a resposta foi essa:
"No fim das contas, sou um misto de lenda urbana com oniração. Um personagem cuja verossimilhança depende da paixão alheia por histórias e da permissão pessoal pelo sonhar.
Sou o despertar confortável do abraço protetor e a ilusão efêmera da risada alegre. O sol em zênite clamando pelo suor e o frescor gélido da solidão saudosa.
Sou a mente vivaz e surpreendente, sou o coração tímido e arisco, sou o sexo intenso de avidez eterna. Sou sangue, ferroso e vivo, inflamado e visceral. Ossos de moralidade, certezas arenosas. Respiração virtuosa, anseio por pecados.
Sou vivo. Homem. Futuro pai, eterno filho. Mergulhador das ambições infinitas, caminhante de horizontes enevoados. Dentre meus muitos títulos, já fui tecelão de sonhos, colecionador de sorrisos, andarilho de lugar-nenhum. Sou o astronauta das marés.
No fim das contas, não passo de uma ilusão. Mortal, temporal, limitada. Plena.
Assim como a humanidade."
Você existe em cada verso que leio, em cada palavra que te busco, existe no meu céu escuro, nas horas vagas...
ResponderExcluir