Inaugurando uma (outra...) nova seção do Astronauta das Marés, "Por detrás das câmeras" trará, todas as quartas-feiras, uma nova sinopse e avaliação de um filme recente dos cinemas. Esta seção é o fruto de uma parceria com o site JA Filmes, do ator e diretor paraense Joaquim Araújo, e contará com textos exclusivos cedidos gentilmente ao blog.
Um grande abraço para a equipe do JA Filmes e para todos os leitores do Astronauta das Marés!
Título Original: The Chronicles of Narnia: Prince Caspian
Direção: Andrew Adamson
Roteiro: C. Markus, A. Adamson e S. McFeely
Duração: 147 minutos
Gênero: Aventura
Geralmente quando é lançado um filme infanto-juvenil em Hollywood, os produtores fazem de tudo para abocanhar uma grande parte do público, criando uma história simples e leve para que possa ter censura. E depois que faz sucesso, vem a continuação. E muitas vezes, mais rica e amadurecida.
Assim aconteceu com a saga do menino bruxo (Harry Potter) e agora com o mundo de Narnia. “As Crônicas de Narnia e o Príncipe Caspian”, dirigido pelo neozelandês Andrew Adamson, é sem dúvida um filme mais maduro e consistente em todos os sentidos.
Na história, as crianças continuam crianças, porém, após a primeira experiência em Narnia, eles começaram a perceber coisas que antes não conheciam. E sentem saudade, mas tentam se acostumar novamente com a vida real. Enquanto isso, na terra de Aslam centenas de anos se passam e Narnia se transforma quando é dominada pelos seres humanóides, os telmarinos, que baniram todos os seres fantásticos do lugar.
Mas como em todo tirania há os conflitos internos (e como em todo filme tem o mocinho e o vilão), o herdeiro legítimo do trono, o príncipe Caspian (Ben Barnes), é forçado a fugir do reino após seu tio tentar matá-lo para roubar a coroa. No meio da floresta, durante a fuga, ele encontra com os seres mágicos, que obviamente irão ajudá-lo a enfrentar o tio e recuperar o trono em troca de terem seu lugar novamente em Narnia. (qualquer semelhança com “O Rei Leão” é mera coincidência).
Em meio a tudo isso, os irmãos Pevensie são trazidos magicamente de volta a Narnia para ajudar em mais uma batalha entre o bem o mal.
Clichês na história a parte, temos que lembrar que este filme é uma adaptação do clássico do mestre C.S Lewis, logo, não é uma história comum. O roteiro, dessa vez, também é mais profundo, proporciona alguma reflexão, mas ainda é focada na aventura épica, dessa vez, mais grandiosa também.
Em “Príncipe Caspian” tudo está melhor do que em “Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa”. A fotografia bem mais sombria, o clima bem mais apropriado para a história, a trilha, o elenco e principalmente a direção. O que antes se tornava simplório de mais e infantil demais (com direito até a Papai Noel entregando presentes), agora tem outra atmosfera, com um acabamento mais trabalho.
É claro que o filma ainda é voltado para o público infantil. Mas o medo de ofender as crianças com cenas mais “violentas” acabou. As batalhas continuam sem sangue, porém, são bem mais “sanguinárias”, como direito a espadas no coração e corpos espalhados pelo chão.
Destaque especial também tem que ser dado a equipe de efeitos especiais. Milhões de dólares com certeza foram gastos só para criar as criaturas, monstros e elementais, com destaque para as águias guerreiras e o senhor das águas (o Poseidon do filme).
“As Crônicas de Narnia e o Príncipe Caspian” é um bom filme e conseguiu recuperar a credibilidade da série, que já havia sido perdida com o primeiro longa. O filme lembra em vários momentos a trilogia “O Senhor dos Anéis” e as comparações são inevitáveis. Porém, as crônicas não chegam nem perto da grandiosidade da saga anel, mas vale a pena assistir. Se continuar assim, quem sabe um dia eles não consigam ser como Tolkien e o Anel. Falta muito, mas com certeza estão pelo caminho certo.
Por: Joaquim Araújo
Fonte: JA Filmes
esse filme é horroroso. se preocupa tanto em copiar o estilo dos outros que acaba se perdendo.
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