Para quem ainda não leu, a primeira parte do poema LUZ pode ser encontrada neste link. No total serão 4 partes, cada uma escrita ao seu tempo certo. Exato, não produzi as demais ainda. Aliás, demorei quase um ano entre a I e a II. Mas tudo ao seu tempo...
Por eras precipitei-me rumo ao nada,
Em solidão, pesar, vergonha e frio.
Surpreso, porém, vi-me acompanhado:
Surpreso, porém, vi-me acompanhado:
Durante a queda, acreditei estar sozinho.
Do firmamento, parte veio a mim,
Um terço, rebelado... Sem razão...
Sem entender completamente seus motivos,
Vi meu gesto, replicado por irmãos.
Outrora o sol, que brilhava irrefutável,
Ofuscou-se com o repente escurecer.
Os poucos anjos que restaram, desolados...
Observaram, do fosso, a sombra renascer.
Minha humildade não mais tinha serventia.
Tornei-me rei, mestre, imperador.
Da legião que me seguiu por entre o medo,
Receberia pois, a alcunha do Senhor.
“Olhai pai! Sou o mais velho e o imperfeito!”
Bradei meu ódio, em tom de desafio...
Inflamando no orgulho do altíssimo,
A infinita dor de se confrontar um filho.
No abismo, encarcerado, fiz meu plano,
Destronaria o criador e a criação.
Traria aos céus, o terror absoluto...
Começaria corrompendo o nobre Adão.
- Matheus Bueno² Funfas, 07 de dezembro de 2010
Ainda não tinha lido Luz - I e só o fiz agora para poder entender Luz - II, e é claro que um nome me veio à mente...Lúcifer...o Portador da Luz...alguém que nasceu com uma vocação tão nobre e se deixou corromper pelos mais pecados humanos mais comuns: inveja, cobiça, sede de poder...será ele a origem daquela frase tão usada..."foi do céu ao inferno"?!?!?!?
ResponderExcluirExiste poesia na tragédia, por isso comecei a escrever essa série. Acho que poucos mitos são mais tristes do que a queda dos anjos. Seres perfeitos que abandonaram tudo por vaidade...
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