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03 outubro, 2012

Poesia - Não mais

Momento de inspiração completamente sem motivo gerou isso. Espero que alguém goste.


Aí você vem,
e como quem não quer nada, se intromete onde não é bem vinda e brinca com perigos trancados,
e some.

Aí você ri,
e como quem não sabe fingir, se enlaça na ironia de dizer que busca o amor que tanto lhe foge,
mas não olha pra mim.

Aí você chora,
e como quem nunca sorriu, se faz sofrer na eterna dor pungente do amar quem não vale a pena,
sozinha.

Aí você morre,
e como quem nunca gritou, martela em meus sentidos o pulsar incessante de sua existência ilusória,
enquanto eu te esqueço.

Aí você volta,
e como quem nunca me interessou, se maquila de coisa e passa a figurar no meio comum e sem graça,
por eu não te querer mais.

Aí, enterrada na própria vaidade e enfeitada pelo desprezo que tenho de tudo aquilo que é banal,
como quem nunca foi nada além do simples e do igual, como boneca em linha de montagem,
você passa a me querer.

Tarde demais, amor. Não te amo mais.

2 comentários:

O Astronauta das Marés agradece profundamente pelos comentários de seus leitores. Cada interação do público com o blog me motiva, ainda mais, a postar novidades e escrever textos de qualidade. Obrigado pela força galera.

Ah, e comentários que iniciem discussões serão levados adiante, caso o assunto seja de relevância.