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01 janeiro, 2008
Ano novo???
Véspera de Reveillon (pra àqueles que como eu, não sabem, a palavra vem do francês: "despertar"), onze horas da noite, e o sul do país comemorando polvorosamente a chegada do ano novo - que ainda NÃO havia chegado, mas o horário de verão é a única força no mundo capaz de alterar o tempo tão facilmente. Isso sem contar que 2008 já havia começado desde às 9h da manhã, na Oceania, claro... Foi quando alguém na mesa da ceia fez o seguinte comentário: "Não sei pra quê esta festa toda, como se o tempo não fosse contínuo e algo realmente diferente acontecesse só porque trocamos de calendário”.
Sem dúvida um bom argumento. Não é porque o calendário Gregoriano, instituído há alguns séculos, diz que estamos no ano "X" e que todo um ciclo solar muda aquele período para outro "Y", que o mundo evolui, as pessoas se tornam dispostas a melhorar e a paz na terra se realiza. Tudo isso não deixa de ser um motivo de festança, gastança, capitalismo, mídia e, de certo modo, hipocrisia auto-auxiliar (para nos sentirmos pessoas com disposição e oportunidades de renovação). O ano 'cristão-ocidental' mudou, mas a mentalidade humana não.
Então, como um reflexo sobre esta irracionalidade coletiva, motivada pela autocomiseração e pelo impulso econômico, pensei no outro lado da moeda: as pessoas precisam se apegar a uma esperança de melhoras; precisam da chance de um novo "ônibus na estação". É algo psicológico: dormiremos "joãos", e no pós-reveillon continuaremos "joãos", trocar o último dígito do relógio de seus celulares e computadores não nos fará pessoas melhores. Mas o ímpeto e a empolgação, da ilusão de caminhos diferentes pra se trilhar, ascendem luzes aos humanos. E isso torna a data tão importante.
Os herméticos e ocultistas falam das formas-pensamento: energias psíquicas repletas de uma vibração característica e sugestiva, que age no plano das idéias (sim, o mesmo do bom e velho Platão!) com o potencial de moldar seus alicerces e posteriormente afetar o plano material. E estas datas de grandes mobilizações sem dúvida geram muita energia. Quem sabe a festa realmente tenha um propósito simbólico significativo. Cabe a nós, portanto, utilizarmos corretamente este montante incalculável de energia mental liberada pela esperança, e usarmos para dar motricidade à nossos planos de mudança, progresso e evolução.
Feliz Ano Novo a todos! E um 2008 (?) cheio de harmonia, consciência, paz, saúde e determinação! Por mais que hoje já seja 02 de Janeiro...
E espero que gostem das duas novas seções do Astronauta que serão inauguradas em breve.
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