Olhei pro céu hoje e vi um tapete frio, nebuloso e escurecido me separando da velha sensação familiar que tive em minha primeira epifania verdadeira.
Onde outrora havia um telhado azul, com um sol de bilhões de anos iluminando o mundo, naquele momento reverberava a melancolia de sentir-se desconectado.
Embora fosse sabido que logo ali, há milhares de milhares de medidas imensuráveis de distância fulguravam estrelas, que mesmo há um infinito de lonjura faziam parte de mim, o teto branco impenetrável e austero fez-me sentir solitário.
Melancólico, procurei sentido e lição no que o céu poderia me ensinar. E tive, não com a mesma intensidade, deslumbramento ou majestade quanto a primeira, uma nova epifania.
Existem coisas nos separando. Existem, de fato, dias frios e nuvens densas. Existem momentos em que o onipresente azul celeste e o infindável negrume espacial estão além de nossos sentidos e de nossos pequenos "eus" de dimensões pequenas. Somos, ainda que entidades cósmicas, minúsculos componentes autômatos e individuais. Pedacinhos significantes buscando o próprio significado.
Este outro lado, curiosamente, não me trouxe o mesmo assombro que tive com a primeira epifania. Creio que antes de compreender o que realmente somos como todo, existe em nosso íntimo uma noção parca do que somos como parte.
Meros espectadores do infinito.
Onde outrora havia um telhado azul, com um sol de bilhões de anos iluminando o mundo, naquele momento reverberava a melancolia de sentir-se desconectado.
Embora fosse sabido que logo ali, há milhares de milhares de medidas imensuráveis de distância fulguravam estrelas, que mesmo há um infinito de lonjura faziam parte de mim, o teto branco impenetrável e austero fez-me sentir solitário.
Melancólico, procurei sentido e lição no que o céu poderia me ensinar. E tive, não com a mesma intensidade, deslumbramento ou majestade quanto a primeira, uma nova epifania.
Existem coisas nos separando. Existem, de fato, dias frios e nuvens densas. Existem momentos em que o onipresente azul celeste e o infindável negrume espacial estão além de nossos sentidos e de nossos pequenos "eus" de dimensões pequenas. Somos, ainda que entidades cósmicas, minúsculos componentes autômatos e individuais. Pedacinhos significantes buscando o próprio significado.
Este outro lado, curiosamente, não me trouxe o mesmo assombro que tive com a primeira epifania. Creio que antes de compreender o que realmente somos como todo, existe em nosso íntimo uma noção parca do que somos como parte.
Meros espectadores do infinito.
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